domingo, 19 de outubro de 2014

10 músicas que me deixam feliz

Eu sei, normalmente posto o Listas Aleatórias na minha coluna quinzenal no blog Vintecinco Devaneios, mas como a ideia pra essa lista é bem pessoal, resolvi postar aqui como um exercício para fechar bem o domingo e começar a semana com uma boa vibe.

Confesso que a maioria das músicas fui encontrando conforme fucei a minha pasta de músicas, então não é nada com uma ordem lógica. Aliás, a lógica passou longe aqui. :D

1- She's a rainbow - The Rolling Stones



2- Come on Eileen - Dexy's Midnight Runners



3- Golden Years - David Bowie



4- New Soul - Yael Naim



5- Venus - Bananarama



6- Friday I'm in Love - The Cure




7- With a little help from my friends - The Beatles


8- O Vira - Secos e Molhados



9- Don't stop me now - Queen





10- The dog days are over - Florence and the Machine




PS: TÃO difícil encontrar músicas felizes, seria infinitamente mais fácil encontrar músicas depressivas no meu acervo. Mas divago.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

domingo, 5 de outubro de 2014

#Aquisições Literárias (Setembro)

Faz um bocado de tempo que não posto as minhas aquisições literárias aqui  por motivos de preguiça, no máximo tenho postado fotos no meu instagram. Comprei um bocado de coisa nos últimos meses, mas meio que perdi um pouco a conta do que fui adquirindo, por isso só vou deixar aqui as compras do último mês:

Os Diários de Bluebell - A vida depois de Iris, da Natasha Farrant
Participei de um evento da Martins Fontes no qual a autora esteve presente, falando das suas obras e sobre literatura infanto-juvenil. Fiquei bem interessada pelo enredo do livro; então, aproveitando que ela estava lá, comprei o livro e consegui o autógrafo.




World Without End, Ken Follett
Este livro é uma espécie de continuação de "Os Pilares da Terra". Como comprei a minha edição do primeiro livro em inglês, também queria que a continuação fosse em inglês, para ter tudo combinando. E nunca que achava o World Without End com facilidade. Daí que um dia, na Saraiva, quando menos espero, acabo encontrando o livro. Coloquei embaixo do braço na hora e agora sou uma pessoa mais feliz:



quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Resenha: As Vinhas da Ira, John Steinbeck



Sinopse: As Vinhas da Ira é um romance sobre a dignidade humana em condições desesperadas. Entre 1930 e 1939, as grandes planícies do Texas e do Oklahoma foram assoladas por centenas de tempestades de poeira que causaram um desastre ecológico sem precedentes, agravaram os efeitos da Grande Depressão, deixaram cerca de meio milhão de americanos sem casa, e provocaram o êxodo de muitos deles para Oeste, nomeadamente para a Califórnia, em busca de trabalho. Quando os Joad perdem a quinta de que eram rendeiros no Oklahoma, juntam-se a milhares de outros que ao longo das estradas se dirigem para Oeste, no sonho de conseguirem uma terra que possam considerar sua. E noite após noite, eles e os seus companheiros de desdita reinventam toda uma sociedade: escolhem-se líderes, redefinem-se códigos implícitos de generosidade, irrompem acessos de violência, de desejo brutal, de raiva assassina. Este romance que é universalmente considerado a obra-prima de John Steinbeck é o retrato épico do desapiedado conflito entre os poderosos e aqueles que nada têm, do modo como um homem pode reagir à injustiça, e também da força tranquila e estóica de uma mulher. As Vinhas da Ira é um marco da literatura norte-americana. (Fonte: Skoob)

"As Vinhas da Ira" era um livro que eu tinha muita vontade de ler, principalmente por ter ficado tão comovida com a leitura de "A Pérola", também do John Steinbeck, na época da faculdade. Comprei uma edição de bolso com um preço fazível na última Bienal do Livro de São Paulo e achei que era um bom jeito de começar a minha lista de leituras "100 Livros Essenciais da Literatura Mundial", da revista Bravo.

E, por Deus, não houve jeito melhor de abrir os trabalhos!

Mas falar de "As Vinhas da Ira" é tão difícil, são tantos sentimentos provocados e dolorosamente sentidos durante a sua leitura!

Steinbeck nos apresenta a família Joad aos poucos e aos poucos vamos nos deixando cativar por seus membros e dramas pessoais, pessoas simples unidas por um único objetivo: fugir de Oklahoma, onde já não há mais trabalho para os camponeses, e chegar à Califórnia, tendo a esperança de viver uma vida decente através do trabalho. A Depressão de 29 atingiu não só as pessoas nas cidades, mas também os trabalhadores no campo, que se viram desprovidos da terra – quase uma extensão sua – e também da sua dignidade.

O clima, um antagonista cruel, aliado ao "progresso" trazido pelas máquinas que tomaram o emprego de tantos homens e mulheres, é uma presença constante. Seja no calor e tempo seco inclementes, seja nos temporais quase bíblicos que fustigam os Joad. Nada parece contribuir para aliviar as agruras de um povo já tão maltratado.

Mas se há esse desalento trazido pelas adversidades, também há humanidade e solidariedade. Pessoas que se unem para que haja conforto e um pouco de decência, para que a vida seja um pouco mais que apenas sobrevivência. E durante toda a leitura há paralelos entre fartura e escassez, esperança e desespero, pecado e redenção. A narrativa de Steinbeck tem tantas passagens belas, de uma poesia crua e realista, mas comovente ao extremo.

"E à noite acontecia uma coisa estranha: as vinte famílias tornavam-se uma só família, os filhos de uma eram filhos de todas. A perda de um lar tornava-se uma perda coletiva, e o sonho dourado do Oeste, um sonho coletivo."

Inevitavelmente, não pude deixar de me lembrar de "Vidas Secas". Se Graciliano Ramos mostra a desumanização de seus personagens ao fugirem da seca, Steinbeck nos mostra a luta feroz desses personagens em manterem a sua humanidade. Nisso, preciso destacar o quanto a presença da Mãe Joad é fundamental para tal. A personagem que não tem nome, mas que assume em si com toda a propriedade o título de Mãe. Com letra maiúscula sim, sem a menor dúvida. É ela que tenta manter a família unida, pois sabe que só através dessa união eles podem sobreviver; é ela que ainda tenta manter uma rotina de normalidade, mesmo quando tudo parece desmoronar ao seu redor; é ela que busca dar conforto aos seus, que sustenta e dá força a todos.

"Para a mulher, tudo corre sem parar, que nem um rio, cheio de redemoinhos e cascatas, mas correndo sem parar. É assim que a mulher encara a vida. A gente não morre, a gente continua... muda, talvez, um pouco, mas continua sempre firme."

No mais, é um livro que recomendo muito. Pela sua estória e história, pela delicadeza e sensibilidade em tantos momentos, pela crueza e sinceridade em tantos outros, e por tantos personagens admiráveis. Steinbeck já se tornou um dos meus autores favoritos e foi com certa tristeza que terminei de ler a saga dos Joad.

Este livro faz parte da lista da revista Bravo com os "100 Livros Essenciais da Literatura Mundial". É só clicar na imagem abaixo para saber mais: